Bem, já é certo que o estilo de vida de uma pessoa quase sempre expressa como está sua saúde. Sua alimentação, como ela dorme, suas atividades físicas e intelectuais, o quão corrida é sua vida, enfim, tudo relaciona-se positiva ou negativamente com a nossa saúde.
As causas do desenvolvimento de DA ainda não são conhecidas com precisão. Porém, conhecem-se vários fatores que estão ligados diretamente ao surgimento e à evolução da doença, favorecendo-a ou atrapalhando-a. O exercício físico é uma arma alternativa, não farmacológica, na prevenção, no retardo do aparecimento ou na diminuição dos danos provocados pela doença
Já conhecemos os mil e um benefícios de praticar exercícios:
- Manutenção do peso saudável (aliado uma dieta adequada....);
-Manutenção do bom condicionamento do sistema cardiovascular, aumento da capacidade cardiorrespiratória;
-Diminuição da pressão arterial;
- Prevenção de acidentes vasculares cerebrais;
-Diminuição dos níveis de LDL (o famoso “colesterol ruim”) e de triglicerídeos no plasma (lembrando - se sempre da boa alimentação associada);
E quanto ao cérebro?
A atividade física regular melhora o funcionamento e o metabolismo dos neurônios e, principalmente, quando associada a estímulos cognitivos, possui função neuroprotetora contra o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Como?
Os exercícios promovem um maior fluxo sanguíneo no cérebro e, portanto sua maior oxigenação. Assim, os exercícios estimulam a produção das espécies reativas de oxigênio (ROS), que participam da produção de antioxidantes, os inimigos dos radicais livres. O cérebro possui, por natureza, baixos níveis de antioxidantes, sendo portanto vulnerável a doenças relacionadas ao estresse oxidativo (assunto já tratado no blog...), como a D.A. As ROS também estão relacionadas à reparação do DNA, que aliada à citada produção de antioxidantes são fatores de proteção ao cérebro.
Estudos indicam que o progresso de neuropatologias como Parkinson e Alzheimer está associado à redução da atividade da enzima mitocondrial citocromo oxidase (COX), que tem função importante na produção de energia para a célula, atuando exatamente no transporte de elétrons e produção de ATP. A prática de exercícios promove um aumento da atividade dessa enzima.
A atividade física também estimula a secreção de substâncias que promovem a neuroproteção cerebral. O BDNF (brain derived neurotrophic factor) é uma neutrofina secretada pelos neurônios que está ligada diretamente ao processo de regeneração dos neurônios e à neurogênese.
Estrutura do BNDF :
O aumento no metabolismo neuronal devido à atividade física provoca aumento também nos níveis de neurotransmissores como endorfina, noradrenalina, dopamina, entre outros. Favorecendo assim a função cognitiva do cérebro. Pesquisas apresentaram melhora nessas funções cognitivas (linguagem, atenção) em idosos que apresentavam danos cerebrais e foram submetidos a atividades físicas.
Bem, devido à extensão do tópico, continuaremos a falar de exercícios e Alzheimer na próxima postagem. Abordaremos mais benefícos dos exercícios, os tipos de exercícios recomendados e mais curiosidades. Espero ter ajudado e esclarecido sobre a grande importância da atividade física não apenas para portadores da doença mas também para quem deseja ficar bem longe ela.
Até a próxima!
Fontes:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462009000200014&script=sci_arttext&tlng=es
http://www.esef.br/revista/index.php/pulsar/article/viewFile/38/62
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