segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Alzheimer: Neuropatologia

Para entender um pouco mais de Alzheimer, vamos discutir agora os mecanismos bioquímicos de desenvolvimento da doença. O cérebro de um paciente que sofre de DA apresenta marcadores histológicos: placas e emaranhados de proteínas que depositam-se fora e dentro das células, comprometendo a transmissão do impulso nervoso e, consequentemente, funções do cérebro como a lembrança, o pensamento e a linguagem, por exemplo. Essas alterações surgem normalmente com o processo de envelhecimento, porém, no caso de Alzheimer a densidade delas é bem maior. As placas são chamadas neuríticas, senis ou amilóides, já os emaranhados (ou novelos) são denominados neurofibrilares.

O que são placas senis???

As placas senis são depósitos extracelulares da proteína beta-amilóide. A origem dessas placas está na APP, proteína precursora da amilóide. A degradação incorreta da APP, produz a beta-amilóide, uma proteína insolúvel e, nessas condições, neurotóxica que acumula-se gradualmente, formando as placas. Essa degradação da APP dá-se de forma errada por mutações nos genes de enzimas envolvidas no processo de quebra da APP.

Fig. 1 Placas senis

Fig. 2 clivagem incorreta da APP

E o que são Emaranhados neurofibrilares???

Já os emaranhados neurofibrilares, são pequenos novelos protéicos que acumulam-se no citoplasma do neurônio. Esses novelos são formados por uma proteína denominada Tau. Essa proteína é normal ao organismo, ela é componente dos microtúbulos , que são componentes do citoesqueleto, responsáveis pela estrutura da célula , pelo transporte de substâncias através do axônio e pelo contato interneural. A Tau é responsável pela regulação dos microtúbulos, e ela promove essa regulação através do seu nível de fosforilação. A adição excessiva de fósforo à proteína Tau diminui sua afinidade pela tubulina, uma proteína componente dos microtúbulos, o que promove a desgregação do microtúbulo. Posteriormente as proteínas Tau agregam-se, dando origem aos novelos neurofibrilares.














Fontes: http://www.alzheimerinfo.com.br/Home/Cerebro.aspx

http://www.alzheimermed.com.br/m3.asp?cod_pagina=1014

http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S0103-99892007000300005&script=sci_arttext


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